O técnico do Real Madrid, Xabi Alonso, avalia a troca de três zagueiros – ‘Isso nos dá riqueza’

O técnico do Real Madrid, Xabi Alonso, declarou estar satisfeito com o trabalho defensivo e a pressão da sua equipe após a vitória por 3 a 0 sobre o RB Salzburg na última partida da fase de grupos do Mundial de Clubes. Os “blancos” marcaram um encontro com a Juventus na noite de terça-feira, pelas oitavas de final.

A mudança mais notável na partida foi a utilização de uma linha de três zagueiros por Alonso. Ele explicou que estava satisfeito com o desenrolar da partida.

“Sempre pensei na possibilidade de ser flexível com os sistemas. Acho que os jogadores já têm inteligência e cultura futebolística suficientes para ver quais os benefícios que isso traz e o que pode nos proporcionar.”

“Acho que no primeiro tempo fomos muito estáveis, maduros, controlamos o jogo. Não fomos rápidos demais, sabíamos quando esperar o momento certo. Trazendo a bola de trás em um sistema de 3 a 2, acho que o Toni [Rudiger] conseguiu pressionar. Nos espaços intermediários, o Jude conseguiu dar espaço para o Vinicius abrir o placar, e também tivemos largura. Ter essa flexibilidade é algo que eu gosto, e podemos usá-la quando necessário.”

Antonio Rudiger não sofre lesões

Após quase dois meses afastado, Antonio Rudiger voltou ao time titular. O zagueiro alemão caiu a 23 minutos do fim e foi substituído por Jacobo Ramon, mas Alonso confirmou que ele não estava lesionado.

“Ele teve cãibra. Foi o primeiro jogo dele com 15 minutos de jogo, outro dia, depois de dois meses. Rudiger jogou muito com três zagueiros quando estava no Chelsea. Ele está muito acostumado a fazer isso e consegue fazer sem problemas, sabíamos que ele aprenderia sem muitas explicações.”

“Acho que os três zagueiros nos dão riqueza. Nos dão flexibilidade, com Arda e Fede, com Jude um pouco mais à frente, eles se conectaram bem. Tivemos um bom controle no primeiro tempo. Isso nos dá riqueza e qualidade como equipe, e quanto mais tivermos, mais os jogadores se beneficiarão.”

A atuação de Vinicius Junior como melhor jogador da partida

Embora Vinicius Junior tenha perdido uma boa chance no início, sua qualidade definiu o jogo, com um excelente gol individual. Ele então passou a bola para Fede Valverde, mas Alonso estava ansioso para se concentrar em seu trabalho sem a bola.

“Vinicius fez uma ótima partida. Mas não estou focado apenas no gol e na assistência. Mas sim no seu comprometimento defensivo, sabendo quando recuar e ser mais compacto, para que, quando o zagueiro direito estivesse avançando, não perdesse a posição. Acho que fomos compactos no primeiro tempo, e depois no ataque, ele tem mais liberdade, vindo de uma posição mais recuada, tem a chance de se conectar com Gonzalo [Garcia Torres], que cansa bastante os zagueiros. Jude [Bellingham] também se beneficiou disso.”

Enquanto isso, o técnico basco não via com bons olhos a possibilidade de Kylian Mbappé não retornar imediatamente ao time.

“Precisamos dele de volta o mais rápido possível. Precisamos dele na melhor forma possível. Não quero falar muito cedo, mas esperamos tê-lo de volta na terça-feira, mas precisamos do Kylian com certeza.”

Satisfeito com o ritmo de trabalho defensivo

Antes da partida, Alonso comentou sobre a necessidade de todos os seus jogadores se dedicarem à defesa. Foi perguntado se ele estava satisfeito com o que viu contra o RB Salzburg.

“Sim. E há uma jogada específica em que isso foi ilustrado. Houve um escanteio no segundo tempo, e a maneira como todos correram para trás, todos correndo para trás, para ficar atrás da bola. É aquela sensação de que todos temos que defender, que todos temos que estar envolvidos.”

“No primeiro tempo estivemos um pouco mais acima, recuperamos bastante a bola no campo adversário. No segundo tempo, um pouco abaixo, porque não tivemos muita ‘pausa’ com a bola.”

Os Blancos se defenderam muito mais no segundo tempo, algo que Alonso não procurou deliberadamente.

Foi mais natural do que algo que buscávamos. É verdade que no primeiro tempo atacamos um pouco rápido demais, precisávamos de alguns passes e poderíamos ter marcado mais gols. Precisávamos desacelerar o jogo, correr menos naquele momento, mas não pretendíamos recuar atrás da bola.